All you need is love.

"A lua que eu mais gosto é a lua nova... e a crescente, porque lembra o sorriso do Cheshire Cat."
bacante boêmia vênus invisível veleia volátil e vil - em vão?

Black star dancing in the end of life.

Take these broken lights and learn to shine.

All your life, you were only waiting to this moment to be loved.

31 de março de 2013

azul

sinto
sei

céu
nuvem
passa
pássaro
árvore
ar
vento
vi
vou
voo
você
vem?



Les Amants - René Magritte

30 de março de 2013

nublado

tudo nublado
meu coração esfriou
e se acalmou

tudo chove
e venta
e se tinge de cinza

a cidade vazia
a solidão
-ou não

as pessoas dançam
junto com as folhas e flores
que caem
nós caímos
nós saímos
para além de sermos tão outonais

27 de março de 2013

tempo

passageiro
passa, pousa
plana
pássaro
pleno
voa
vai
vem
sem
planos
sem
pressa
sem
peso
-pulsa

pula
pelas
pedras
esparramando
poesia
espalhando
pelos espelhos
espasmos
estranhos
nas entranhas
-estrangeiro


navegante
vagante
vagabundo
vagamundo
mundano
humano
-muda

tempo, tempo, tempo
tem por sina
ser e passar
sem poder parar
todo dia, toda hora
atravessa
o instante de outrora!

23 de março de 2013

Outono

Outono
Outros tons
Outras tonalidades
Outorgadas

Chuva
Chaves
Changes
Charmes
Sem choros

Cantos
Encantos
Por enquanto
Pelos cantos
Acalantos

Espera
Perdida
Promessa
Poeta
Da vida!

22 de março de 2013

Saudades



De longe sinto
Seu perfume
Sua voz

Mas a cada dia que passa
Vão se esvaindo
Espairecendo
Tornando-se apenas
Lembranças
Vagas e confusas...

Onde andará?
A chuva vem me dizer
Que está bem melhor
Sem mim.

Sigo meus passos
Todos os dias
Caminhos novos e antigos
Revejo amigos
Olho a Lua
E te espero
Ou não.

21 de março de 2013

Versos

Versos
Reversos
Inversos
Universos
Revezes
Voláteis
Volúveis
Volúpia
Voam
Vão
-em vão

Rasgo
Apago
Escondo
Indecifráveis
Confissões
Cartas
Poemas
Teoremas
Teorias
Esquemas
Estratagemas
Estranhos
-nas entranhas

Escrevo
Escalafobéticos
Escatológicos
Ilógicos
Relógios
Lógicas
Logos
Egos
Eros
Erros
Viagens
Virgens
Vertigens
-vivo

19 de março de 2013

Ossos

Sinto-os
Sei-os
Ossos
Olhos
Outros
Todos
Sambo
Sonho
Senhas
Sabedoria

Insensatez


Insana
Insípida

Em si
Esvai-se
Escoa
Esparrama-se
Espalha-se
Espelha-se
Estranha

Entranha
Entra
Intrusa
Intrépida
Treponema
Pálido

Patético

Nada

Nave
Never

Nein
Nii
No
Non
Nada
Nem
Night
Noir
Ne me quitte pas
-rien de rien

Limbo

Viver entre o sonho e a realidade
Memórias vagas, incertas, difusas, confusas
Se embaralham em minha mente
Afinal, estou acordado
Ou vivendo um sonho?

18 de março de 2013

tu me fais tourner la tête.


Alegria


Música enche meus ouvidos

Estou feliz

Cheia de amor

Paz

Alegria

Canções

Danças

Dias de Sol

Pássaros cantando

Flores coloridas

Epifanias










Insone

Não posso dormir agora
Há amor pairando pelo ar
Preciso estar alerta
Atenta e forte
A qualquer instante pode cair
Uma estrela cadente
Ardente
Clareia
Manhã

Aporia

Pois é
Poesia
Aporia
A poria
Por onde ia
Pois, iria
Pousar?
Pois é,
Poesia
Quem
Aporia
Poeira
Poesia?
Porra, poesia!
Puta que o pariu, poesia
Põe sia
Por si
P o e s i a


Frida Kahlo





17 de março de 2013

Sans Soleil

C'est rien
C'est matin
Sans soleil
Des arbres
Des fleurs
Te souviens tu?

Fim

Dissipou-se
Desfez-se
Invisível
Irreal
Errôneo
Errático
Era
Sonho
Ou só
Sombra
Sem som,
Sentido
Ou sensação?
Só sobrou
Saudade.

Sábado

nos perdemos na cidade
já nem sei o caminho de casa
objeto encontrado
noite perdida
as peças nos pregam vidas.

(para o gafanhoto e a joaninha, por borboleta).

16 de março de 2013

....


Outono

O outono chegou
Escrevo para ninguém

As estrelas não falam
A vida prossegue
Lá fora o Sol brilha
Só espero os ipês florirem
E o céu tingir-se de azul
Desvelando amor
Revelando poesia

15 de março de 2013

Fim de tarde

cinza
sombra

sem
som
sem
sim
sem
sinal


sina
sono
sonho
sinto
sei

pressinto
pressuposto
sobreposto
superposto
exposto
disposto
justaposto
contraposto
decomposto
preposto
entreposto
postulo

p.s.:
posso?

água

olho d'água

m
ágoa


cai
sai
e se esvai


gota a gota

pinga
pinga


me
(m)olha
orvalho

abrindo
meus olhos
seus olhos
me miram
me molham


mergulho
me afundo
me afogo
na chuva

-choro

13 de março de 2013

Totem

Não te tenho
Todo tempo
Mas todo dia
Tenho tido
Tanto tato
Tenho fato
Todo tato
Tênue,
Translúcido
E tranparente
Entre estrelas
Estranhas
Através das
Entranhas
Extraio
Te traio
Traço
Trama
Trema
Tema

Temo
Te amo

Tema
Temo
Te amo

Temo
Te amo

Te amo



Chagall

Vazio

Noite alta

Me esgoto

Desapareço

Espessa

Esqueça

Teça

Estou tensa

Insensata

Sutilmente

Simplória

Será

Que

Queria

Mesmo

Sonhar

Sem

Mim?

Sem

Amor,

Nem

Mar,



Marasmo

Melancolia

Mormaço

Sem fim?

11 de março de 2013

Agora sabes meu segredo.

Olhaste por dentro do caleidoscópio
Por todos espelhos
Todas as cores
Todas as luzes
Todas as formas
Abriram-se.

Brasília

Tímida e recatada
Não mostra-se a não ser
Nos meses de março, abril e maio
Com seus ipês floridos
Seus pássaros cantores
E seu céu estupidamente azul.

Caleidoscópio. 2006-2010

Caleidoscópio - capa - copyright by Gabriela Ziegler & Winie Vasconcelos & Daniel Matsumoto

Caleidoscópio - livro - copyright by Gabriela Ziegler

Esse é meu projeto de livro de poesia, com poemas escritos entre 2006 e 2010. Eu já tenho um livro, publicado em 2006, quando eu tinha 12 para 13 anos, Por Enquanto, Por Um Canto, Por Encanto, pela editora Casa das Musas.  Atualmente possui apenas 13 exemplares. Interessados em adquiri-lo, falem comigo pelos comentários.

Saudades.

Vejo rostos, belos, feios, indiferentes
Recebo olhares ternos
E sorrisos amigos
Mas nenhum é como o seu
Aonde foi que o perdi?
Na noite estrelada
Ou na manhã preguiçosa?
Não sei.
Só sei que não volta.
Só sobrou saudade.

Madrugada

Mar
Morte
Mel
Fel
Céu
Breu
Bruma
Brotam
Braços
Abraços
Abra - te - sesámo
Seja
Sem
Sol

Corpo

Pou            co            a            pou          co

Co            po             a             co            po

Cor           po            a             cor           po
In                                               cor         po   ro
A                                               cor    ( da     da )
Per                                          co{r[ro](o)]}- me
Car                                                  co mi da

10 de março de 2013

Árvores e pôr-de-sol

Fim de tarde azul

Ipês floridos, rosas, roxos, brancos, amarelos

Pôr-de-sol rosa-amarelo-alaranjado

Meu amor é vermelho

Cor de sangue
Cor de rosa
Cor-ação

Pulsação

Pulula

Pulsa

Pula

Paira

Pousa

Penetra

Para

Pensa

Tensa

Teso

Tenro

Terno

Terra

Te ter

Tato

Fato

Ato

Ator      do     a       da

Pou            co            a            pou          co

Co            po             a             co            po

Cor           po            a             cor           po
Klimt
In                                               cor         po   ro
A                                               cor    ( da     da )
Per                                          co{r[ro](o)]}- me
Car                                                  co mi da





Slow Life - Grizzly Bear


9 de março de 2013

tudo em volta está deserto.


Borboleta

Eu sou uma borboleta
Leve e delicada
Procurando o amor
Voando entre as flores
Simplesmente

...


Amor

Em algum lugar ele se esconde
No Sol à pino
Nas nuvens vagas
Na música ao redor
Nas árvores enigmáticas
Nas flores inocentes
Na água tranquila
Nos pássaros cantarolantes
Nos olhos de quem se ama
No fim de tarde
Nas estranhas estrelas
Nas entranhas
Na pele
Nos ossos
No som
Nos seios
Do lado esquerdo do peito
Nas vértebras se reverberando
Na vibração
No ar
-Amor

8 de março de 2013

Flor

Frágil
Frígida
Flama
Flor
Fera
Fêmea
Fênix
Foz
Fel
Fama
Fêmur
Feto
Forma
Fina
Fome
Falo
Fato
Faz
Foge
Fonte
Fogo
Figo
Figa
Fada

7 de março de 2013

Lembranças

Tua lembrança é para mim tão vaga
No entanto lembro de seus olhos
Sorrindo para mim
Como duas estrelas
Que brilham só para mim
E de nossas mãos se encontrando
Como uma flor encontra uma borboleta

E fico esperando novamente
As estrelas
A flor
A borboleta
Mas se perderam
No tempo
No vento...

Noite

Está frio
Sem você
Sem graça
Sem poesia
Não há Lua
Nem estrelas
Só escuridão

.

5 de março de 2013

Manhã

Lá vem o sol
Iluminando nossa casa escura
Trazendo alegria e amor
Fazendo o dia renascer
Dançando com minha alma.

Chão de estrelas


Andávamos nos astros desavisados
Tropeçávamos nas estrelas desastrados
Pisávamos no céu distraídos
Sem saber que a aventura e a desventura desta vida
Era o amor, o Luar e o violão.


(livre interevenção da música "Chão de Estrelas").



3 de março de 2013

Não me tentes

Sou frágil
Sou falha
Sou fraca
Ante seu olhar
Posso cantar
A mais bela canção
Se quiseres
Te faço voar
Te falo de amor.

Cotidiano

Canções insólitas ao piano
Filmes intrépidos de Bergman ou qualquer outro
Textos, poemas, formas, fatos
Busco, com embaraço
Algo que me inspire
E caio novamente
Nos mesmos passos de outrora.

Ao trapezista voador.

Transparente,
Teço, tenso, termo, terno
Estrelas estranhas
Que me traduzem
Tácitas e taciturnas
Na melodia noturna.

Apassionata.


Insensatez

A vida me quis sozinha
Impossível querer diferente
Admiro o céu azul
Minha melhor e mais fiel companhia
Por todos esses anos
Nessa Terra
Nesse firmamento
Nesse universo
Com seu Sol, sua Lua e suas Estrelas
Que sempre me entenderam
"Que jamais me esqueceriam."

Tempo

Ciclos se completam
E recomeçam
A roda gira
A vida segue
Não me importo
Com o que vai acontecer
Confio
Espero
Vivo
Sem saber se valeu a pena
Ou se tudo não passa de perda de tempo
Caminho por essa estrada
Sinuosa e vã
Até chegar a meu destino.

1 de março de 2013

Fim de tarde

O dia está tão bonito
Meu coração está em paz
Já nem me pergunto onde você está
Ou se lembra de mim
O sol já está indo embora
E tudo está em seu devido lugar
Eu ainda sou forte
Eu sei o caminho de volta pra casa
Eu sei por onde devo seguir.

Passado

Lembranças nostálgicas
Do que já fui
Se misturam ao que agora sou
Mas sei que a vida seguiu seu rumo
E que tudo está em seu lugar
E que independentemente de qualquer coisa
As estrelas continuam no firmamento.

Borboleta

E hoje vôo
Borboleta que sou
Sem rumo
Por entre as flores
E não me queixo
Senão ao vento
Do tempo.

Amor

Amor, antes tão próximo
Hoje tão vago
Não passa de espuma
Do mar, indo e vindo
Na areia

E me ponho a pensar

Teve sentido tudo isso que passou?
Todo sofrimento?
Ou foi apenas brincadeira de mau-gosto do acaso ou do destino?
Não choro mais.
Caminho por essa estrada
Sem saber para onde vou
Nem quem vou encontrar
Somente sigo.

Música em meus ouvidos

Sons me preenchem
Vida não cessa de sentir
Quero alguém que me inspire
Para além de sermos tão outonais

Insônia

As horas não passam
Revejo meu passado
Anseio meu futuro
Silêncio total
Escuridão
Sinto saudades das estrelas
Sinto saudades de ti.