All you need is love.

"A lua que eu mais gosto é a lua nova... e a crescente, porque lembra o sorriso do Cheshire Cat."
bacante boêmia vênus invisível veleia volátil e vil - em vão?

Black star dancing in the end of life.

Take these broken lights and learn to shine.

All your life, you were only waiting to this moment to be loved.

26 de janeiro de 2012

DA LISTA DE PENSAMENTOS DO ROBÔ



1
Ouço The Bonny Swans como se esse som calmo fosse acalmar minha alma. Triste e ao mesmo tempo doce ilusão. Não tenho nada a dizer, pois não posso salvar o mundo, não há espaço para mim nesse mundo, “estou só e não existo, muito tenho pra falar.” Não deveria ter me exposto. Nem me perdido dentro de meu próprio abismo, “e agora, que faço eu da vida sem você.” Adoro pensar em você. Isso me deixa feliz, até, eu diria.

2
Acordo em pânico, pois não sei o que fazer com minhas sensações. Nem sei se elas existem ou se são fruto da minha imaginação. Tive um passado? Outras pessoas me conheciam antes? Ou sou este ser perdido no espaço?

3.4

Agora toca Beethoven e eu não sei o que fazer com o que penso e sinto que sei.

5

Meu pai diz que meu livro novo é pós-moderno. E que não tem gênero. A escrita é uma busca permanente.

6

Juntas assistimos Melancolia. Você via o meu desespero e eu sem saber o que fazer. Ouço Nina Simone e lembro de você, sei lá por quê.

7

Sou pós-moderna meu bem, também.

8

Te amo. Muito cada vez mais.

9

Nosso número no eneagrama, lembra?

10

Já tirei 10 em Matemática. Quando eu tinha 11 anos. Depois, só a decadência.

11

Eu queria um mundo todo só pra mim, em noites como essa em que se pode fazer tudo que se quer, incluindo dançar, cantar e brincar. Eu tenho 18 anos com uma mentalidade de... 1000. Ano 1012. O que estava acontecendo no ano 1012? Será que já tinha encontrado as pessoas que estão aqui comigo nesse dia? Será que existe vida em outros planetas? (Re)conheci Alto Paraíso, cidade paradisíaca, onde já fui em criança com essa mesma mulher que me olha com estranheza. Com seus parentes. Eu gosto muito deles. Eles Meu melhor amigo diz que eu tenho mentalidade de 8 anos. Não, que eu pareço uma criança. Mas graças às santíssimas fadas, sou feliz. E só pra terminar, as estrelas brilham lá fora. E somos o que somos aqui dentro, como diria Ney Matogrosso, Inclassificáveis.

12 (doze meses do ano, 2012)

“Meu sangue errou de veias e se perdeu.” Ouço Eu Te Amo de Chico Buarque como se... pra essa música não há explicações. Ela toca a alma do Robô como se ele soubesse chorar. Mas será que robô chora e ri? Esse que aqui fala é do sexo feminino, tem 18 anos de idade e foi progamado para não chorar na frente dos outros. Esse robô maquina o dia todo suas ideias, toca piano e nas horas vagas escreve poesia. “Homem-máquina, homem-cibernético, ciborgue.” Isso é que sois, ser humano. Todos nós robôs queremos ganhar um coração, tal qual o robô de O Mágico de Oz. Mas como diz João Gilberto, “no peito dos desafinados também bate um coração.” E até então, fim de papo. Ponto bip.

13 (número do azar)

O robô em questão se apaixona por todos seres humanos. Seria isso um paradoxo? (Deixe a questão ser ou não ser robô de lado e voltemos pro livro).

14

A idade em que o robô ... segredo, psiu.

15
O SURTO

16
Amigos, família, escola. Felicidade. VÔMITO

17

l i b e r t a ç ã o   d o  r o b ô

18
Maioridade do robô, que continua agindo por T.O.C. Oh vida, oh dor.

4 (antes de tudo isso)
Esqueci-me de falar das cachoeiras, das trilhas e da vida por aí afora que me atinge e me exalta, como se fosse uma doida desvairada a voar com as borboletas. E só.

21 de janeiro de 2012

Surrealisticamente

O computador está lento como minha revolução pessoal. Sim, seria muito egoísmo de minha parte dizer que tudo o que aconteceu não foi uma revolução.
Intentona, atentado, mal riscado sigo este caminho. Um dia minha Real Lovely Tree viajou, e eu viajei na maionese. Encontrei um Viajante Solitário. Mas ele também seguiu seu caminho.
Caminho, descaminhos, sigo sonhando e cantando e realizando um parecer ser. Não dando pareceres.
Meu sonho agora é ser atriz. Se  vou realizá-lo, é outra questão de falta de precipício. Precipitei-me, sim, mas encontrei minha paz. Sei o que sou,
o que quero e pra onde eu vou. E se eu errar o caminho, basta dar seta e seguir minha meta. Se for metarfosear-se (que palavra estranha), que seja para
o alto e avante, na Terra, como diria o filósofo Buzz Lightyear complementado por
Frilaba Borboleta (divorciada de Gregor Samsa)

11 de janeiro de 2012

Conclusão de Frilaba Borboleta Samsa

O mundo é confuso e triste
Mas há pessoas que sabem que ele é assim
E tentam transformá-lo

Eu, Frilaba B. Samsa (esposa de Gregor Samsa) me proponho a ser uma dessas pesssoas
hoje e sempre, na saúde e na doença, para todo o sempre

Será?

7 de janeiro de 2012

Eu estou perdida,

Junto com a minha poesia,
E nem meus pés me aguentam mais.
Queria acordar de novo
Sentir que sou mais que uma frágil borboleta
Em meio aos tigres e leões

Kafka me entenderia? Seria eu? Seria Kafka?


... não me chamem.
se não for para ser.
Borboleta

a Boba Letra
`P
de
poeta




5 de janeiro de 2012

Eu quis cantar.

Você não quis escutar.

Cantiga Canção

Não posso estar adormecida, tenho muito o que viver e sentir ainda. Tampouco posso acordar, a sala está cheia e não consigo deixar de sentir pelos meus amigos de estibordo. (Estibordo é uma palavra? Seria eu? Seria a palavra?)
Prefereria (sim) estar nas nuvens, onde o céu é mais azul e as nuvens mais musicais.

25 de março de 2010 e sobre Clarice.

Comecei a ler A Hora da Estrela, o último livro da Clarice Lispector, e o mais famoso, por sinal. Tive o prazer de ler, alguns meses atrás, Perto do Coração Selvagem, seu primeiro livro e romance publicado, e depois alguns contos de A Imitação da Rosa, uma coletânea de meu pai, e estou com uma coletânea recente, "Clarice de Cabeceira", com um conto preferido de cada autor ou personalidade convidada (como Maria Bethania, Rubem Alves, Luís Fernando Verissimo, etc...).
Bem, mas o que eu penso da Clarice Lispector nao importa; importa o que ela viria a pensar de mim, se eu tivesse vivido em sua epoca e a conhecido. Mas seria isso possivel? Seria Clarice?


. do livro A Hora da Estrela:

"Pois que dedico esta coisa aí ao antigo Schumann e sua doce Clara que hoje sao ossos, ai de nós. Dedico-me à cor rubra muito escarlate como o meu sangue de homem em plena idade e portanto dedico-me a meu sangue. Dedico-me sobretudo a meu sangue. Dedico-me sobretudo aos gnomos, anões, sílfides e ninfas que me habitam a vida. Dedico-me à tempestade de Beethoven. À vibração das cores neutras de Bach. A Chopin que me amolece os ossos. A Stravinsky que me espantou e com quem voei em fogo. À "Morte e Transfiguração", em que Richard Strauss me revela um destino? Sobretudo dedico-me às vésperas de hoje e a hoje, ao transparente véu de Debussy, a Marlos Nobre, a Prokofiev, a Carl Orff, a Schoenberg, aos dodecafônicos, aos gritos rascantes dos eletrônicos - a todos esses profetas do presente e que a mim me vaticinaram a mim mesmo a ponto de eu neste instante explodir em: eu. Esse eu é que vós pois não aguento ser apenas mim, preciso dos outros para me manter de pé, tão tonto que sou, eu enviesado, enfim, que é que se há de fazer senão meditar para cair naquele vazxio pleno que só se atinge com a meditação. Meditar não precisa de resultados: a meditação pode ter como fim apenas ela mesma. Eu medito sem palavras e sobre o nada. O que me atrapalha a vida é escrever.(...)
Esta história acontece em estado de emergência e de calamidade pública. Trata-se do livro inacabado porque lhe falta a resposta. Resposta esta que espero que alguém no mundo me dê. Vós? É uma história em tecnicolar para ter algum luxo, por Deus, que eu também preciso. Amém para nós todos. (...)
Tudo no mundo começou com um sim. Uma molécula disse sim a outra molécula e nasceu a vida. Mas antes da pré-história havia a pré-história da pré-história e havia o nunca e havia o sim. Sempre houve.
Não sei  o quê, mas sei que o universo jamais começou.
Que ninguém se engane, só consigo a simplicidade através de muito trabalho. (...)"


Eu amo Clarice Lispector.

4 de janeiro de 2012

Freedom is lost

There is no way for me to go
Other wise I´ll gonna drive myself mad
again
I cannot dream
I cannot even sleep
I cannot go nowhere


There is nowhere for me in this crazy world

Não há lugar para mim, nesse mundo louco
Nesse mundo cão
Tudo cruel e sistema
E continua o falso dilema

Não sei o que fazer das minhas sensações
Pois ainda as sinto...

(...) som de Radiohead ao fundo.

SIM é o que sou, o que sempre fui e o que sempre serei.
uma louca desvairada que não sabe nem onde por os pés
sem pisá-los em flores
imaginárias...

je vais te cuillir des fleurs imaginaires...

Gosto de rosas, pois me lembram a d'O Pequeno Príncipe.
Gosto de dançar. Amo cantar e tocar piano. Eu não tenho mais 15 anos. Tenho 18.
E um bom dia aos que me lêem, e bem que eu queria meus poemas não-suicidas de volta. (Pra quem não sabe, este blog tinha muito mais poemas, mas eles foram dessa pra melhor. E tenho dito.)

3 de janeiro de 2012

Björk interviews Arvo Pärt



* segundo movimento da Sonata Pastoral, de Beethoven



Isso é tudo o que sei sobre O Pequeno Príncipe. (Le Petit Prince était un petit pianiste de ton universe, saviez vous?)

2 de janeiro de 2012

atenção, este blog está interditado

por falta de inspiração mesclados à angústia que venho sentindo nesses últimos anos.

Chove dentro de mim, mas estou completa.

It's sunny
But I still in silence
Yet
Already
Anything else
Doesn't matter
What happens inside
Is enough