All you need is love.

"A lua que eu mais gosto é a lua nova... e a crescente, porque lembra o sorriso do Cheshire Cat."
bacante boêmia vênus invisível veleia volátil e vil - em vão?

Black star dancing in the end of life.

Take these broken lights and learn to shine.

All your life, you were only waiting to this moment to be loved.

24 de setembro de 2013

Presente.



  Sinto uma vaga vontade de chorar, mas logo passa, porque o que passei vai se tornando uma lembrança remota, como um sonho do qual a gente não se lembra direito. De repente eu sou como personagem de minha própria história. Mas não sou mais, sou autora de mim mesma.
  Quero dançar à minha maneira, mas ao mesmo tempo me falta o impulso de vida que antes sentia. Mas essa calma, muitas vezes confundida com o tédio, me faz tão bem, pois sei que tudo têm seu tempo, que algumas coisas não posso mudar, que nada é perfeito, e que, apesar de tudo, vou seguindo meu caminho.

  Confusa entre meu passado e meu futuro, sigo reparando nos detalhes das vias, dos eixos, dos blocos, das cidades, das praias, das pessoas, das coisas, das árvores, dos pássaros, dos insetos, etc. Capto meus sentimentos transmitidos nessas paisagens. Enquanto isso, a burocracia desse mundo em que vivemos me persegue. Mas vou buscando os pontos de fuga em meio ao caos.
   Encontros, desencontros, reencontros, conhecer pessoas, desconhecê-las, amar, desamar, reinventar, chamar pra dançar. Poesia traz novo fôlego pros meus dias sem-graça, em um ipê-branco ali, uma chuva acolá (a falta de luz é mero detalhe do mundo sistêmico). Meus sentimentos intrínsecos ao nada, tão pesados quanto as lembranças, e a melancolia, tão leve quanto a paz. O sentimento do mundo.
  Antes, eu só queria recuperar o que perdi, hoje vejo que tudo estava aqui dentro de mim, o tempo todo. E o (meu) mundo (des)acompanhando meus passos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário