Sambando num chafariz,
A princesa da perna-de-pau
Cantava seus amores perdidos
E queria que a vida bela
Abrisse uma fresta para seus olhos cegados.
Olhando um lindo príncipe
Que cantava para cidade inteira
O tamanho de suas asas
E de sua grande olheira
Ganhou em quesito bobeira
Da baiana bailarina.
Custando a cair em si,
A borboleta chafariz
Chorou sua morte
De sua visão fraca
E seu olhar amargo
Sobre a flor amarga
Então o sol iluminara
A estrada tão frívola e cansativa
Da borboleta dos olhos de vidro
E nariz feio e estranho
E não sentindo-se mais esquisita
Bobeeou
Mas virou bailarina.
Frilaba Samsa
A princesa da perna-de-pau
Cantava seus amores perdidos
E queria que a vida bela
Abrisse uma fresta para seus olhos cegados.
Olhando um lindo príncipe
Que cantava para cidade inteira
O tamanho de suas asas
E de sua grande olheira
Ganhou em quesito bobeira
Da baiana bailarina.
Custando a cair em si,
A borboleta chafariz
Chorou sua morte
De sua visão fraca
E seu olhar amargo
Sobre a flor amarga
Então o sol iluminara
A estrada tão frívola e cansativa
Da borboleta dos olhos de vidro
E nariz feio e estranho
E não sentindo-se mais esquisita
Bobeeou
Mas virou bailarina.
Frilaba Samsa
Entreviu a trépida borboleta um príncipe no orvalho. Reluziu multicor em arco a íris dos olhos de amor. Regozijou-se subitamente aquela de sempre aborrecida. As tênues asas tremeluziram ao nascer do novo sol. Ao contorno claro mostrou-se avulso o escaravelho. Como podes me roubar o coração este carapaça seca? Contudo, naquelas costas estava encrustada uma maçã podre.E ela logo soube da maldade que acometeram ao sujeito. Sugou o açúcar e com ajuda das formigas retirou a fruta. Assim, o príncipe agradecido a nomeou honrosa princesa. Não queria casar-se com um ser tão duro e soturno, mas havia as cores que refletia e o reino que oferecia. Substituir a solidão por muita distração e nobres regalias, sim. Mas horrorizada com a exigência dos cascudos a borboleta fugiu. Não perderia suas asas em troca de príncipe algum. Naturalmente, envelheceu,e as asas, enfraquecidas, descoloridas, ao chão. Voltou ao escaravelho enraivecida, arremessou-lhe com ajuda das formigas, uma maçã carcomida. Ele não resistiu e feneceu. A irmã do príncipe assumiu o nicho e apaixonou-se pela assassina do irmão. Passaram o resto da vida discutindo sobre ética e filosofando sobre formigas.
ResponderExcluirTudo bem, isso foi a coisa mais estranha que já escrevi nessa vida.
Beijos, minha querida mariposa. (borboletas são muito frágeis)
Gafanhoto! Adorei seu conto! Assim como te adoro! Trapezistas voadores sempre voam mais alto. Beijos infinitos!
ExcluirFrilaba/Gabi